Numa altura em que está completamente ultrapassada a ideia de namorar para casar, o próprio casamento está a ficar fora de moda, e o divórcio a ficar cada vez mais in, parece-me a mim que todos andamos confusos com os relacionamentos.
Já não basta que duas pessoas gostem uma da outra. Há uma série de implicações para que se construa algo a dois e, para que as coisas durem, poucos parecem saber o que é preciso fazer.
Eu não vou ensinar nada, até porque eu própria sou uma das confusas.
Se dou tudo de mim, é porque me dei demais, se dou pouco é porque estou a dar de menos.
Somos substituidas com tal facilidade que até parece que o que fizémos para as coisas darem certo não valeu o esforço.
No fim acaba sempre alguém magoado a perguntar o que faltou, o que não fez, o que devia ter acontecido para que as coisas tivessem resultado melhor.
Mas será que a culpa é realmente nossa? Ou serão eles que não sabem dar valor àquilo que tiveram e preferem ir para algo mais fácil, mesmo não sendo necessáriamente algo melhor?
Será que, de acordo com a desculpa do costume - "não és tu, sou eu" - é realmente culpa deles?
Sei que me mais não podia ter feito, portanto a culpa neste caso não pode ser minha... logo só resta a outra pessoa.